a noite das bruxas
Como toda gente fala hoje na Noite das Bruxas, tenho que me manter actualizada também! Confesso, envergonhada, que não fazia ideia qual é a origem do Halloween e fiz uma pesquisa na internet. Surpresa: descobri que foram “os nossos amigos”, os Celtas, adoradores do Sol, que deram origem a esta comemoração. Quando o ciclo natural que marcava a vida deles, basicamente pastoril (ou seja o Verão), acabava, acabava também um ano. O novo ano começava a 1º de Novembro e a noite anterior era cheia de misticismo: no limite entre os anos podiam misturar-se vivos com mortos, os fantasmas estavam lá presentes e as bruxas atingiam o cúmulo da carreira 🙂
Agora estou a lembrar-me que as únicas duas vezes que festejei a noite das bruxas, foram nos Pubs Irlandeses de Lisboa, com amigos. Foi muito, muito divertido!
Aqui está uma música simpática, que eu ouvia quando era pequena, em cassetes, sem saber quem a tocava, mas fascinava-me sempre que a ouvia. Parecia-me misteriosa, diferente, talvez dum outro mundo… E acho que é mesmo…
grená
Lembra-me de coisas boas, do veludo dos trajes das rainhas ou dos cortinados pesados e ricos de casas antigas e silenciosas. Lembra-me de vinho bom (não me perguntem porquê), de ginjas muito maduras, de noites de inverno à frente da lareira acesa, de confortável, de intenso… Nobre, linda cor!
Para os que repararam na diferença de tom, de luz entre a primeira foto e as restantes, vou explicar que a primeira foi tirada na altura do pôr-do-sol, enquanto as outras – durante o dia.
Tentei quebrar o doce, o quente do grená pelo arame frio, pelo crú que serve de fundo. Gostei do contraste.
E, à propos de quente e agradável, usei novamente uma bola de madeira, para executar esta última peça. Decididamente, vou adoptar a madeira, mas sem desistir da massa de modelar. Tenho tantas ideias!!!
Irlanda (II)
Tirei poucas fotos na Irlanda. Havia momentos em que me esquecia completamente que tinha uma câmara. Estava ocupada a encher os olhos com beleza e o espírito com alegria. Mas conheço a capacidade de armazenagem da minha memória, portanto de vez em quando tentei imortalizar aquilo que via.
Acontece-me sempre isso: quando estou num certo sítio de que gosto imenso, gostava de poder pegar nele, dobrá-lo como se fosse uma carta, fazer um embrulho pequeno-pequeno e guardá-lo num lenço. E claro, levá-lo comigo, no bolso.
Tanta história, tão bem conservados os vestígios, as pessoas tão orgulhosas da história deles, da língua antiga deles: pessoas dignas e orgulhosas. Quase em cada vila – um castelo, em cada castelo – um senhor simpático de idade que, além de vender os bilhetes de entrada, contava-nos a história toda do sítio, contava-a com paixão!
E lá vou eu, outra vez, a falar de anéis… A espiral tripla (triskele), símbolo pré-celta e celta que foi encontrado em inúmeros sítios onde viveram populações Neolíticas e Megalíticas e cujo significado se desconhece (os cristãos adoptaram-no para simbolizar a Trindade).
especial
Fiz uma peça que é muito especial. Inspirada de alguma maneira num anel meu, de prata, oferecido por uma amiga querida: “Lola“. Ela faz coisas fantásticas e deu-me vontade de recomeçar a criar os meus acessórios e coragem de mostrar aquilo que faço. O blogue dela não está em português, para já, mas a língua não é importante quando se trata de apreciar coisas bonitas.
Bola de massa pintada à mão e arame de alumínio.
A “Lola” terá a primeira exposição dela em Novembro, num espaço muito conceituado, e está muito emocionada. Eu vou lá estar e vou torcer por ela!
a minha caixa de tesouros
Quero mostrar-vos a caixa dos tesouros, enterrada pelos piratas centenas de anos atrás e encontrada por mim, enquanto estava a plantar palmeiras no jardim! Se não acreditam na minha história, é o vosso problema! 🙂
aramis
Não se deixem enganar pelo título, não é sobre os Três Mosqueteiros que vou falar agora, mas sim sobre o arame; quis brincar só um bocadinho com as palavras.
Gosto muito desse tipo de arame e a verdade é que este “amor” começou há pouco tempo, há uns meses, na altura duma feira de artesanato onde vi, espantada, uns anéis enormes e complicados, feitos de alumínio. Não são nenhuma novidade, usam-se há algum tempo, mas eu gosto de lhes dar um toque pessoal, usando no meio “pedras” feitas por mim, pintadas à mão, ou outros materias que me agradem.
Além das peças que já vos mostrei anteriormente, em arame, fiz estas três, numa combinação de cores de que gosto há muito tempo (preto e vermelho, com “variações” do vermelho). Tenho que admitir que é um prazer trabalhar com este arame e dar asas à imaginação. É por isso que vou continuar, até descobrir outro material, ainda mais agradável (se existir).
azul
Há muito azul aqui, no Algarve. Está em todo o lado. No céu e no mar, na água das piscinas, nos chapéus das senhoras, às vezes nos bikinis… nas malas… nos colares… Há tanto azul durante o verão, que entra todo no nosso sangue e fica lá até no inverno, quando começamos a sentir-nos blue, como dizem os que falam inglês (ou seja tristes). E daí o blues…
Vem aí o inverno. Estive a brincar um bocado com esta cor e quero mostrar-vos o resultado. O Blue and Silver, com um toque rústico e Blue and Blue, que devia chamar-se, de facto, Blue and Blue and Blue…
flower power
Gostava de ter sido jovem naquela altura; de sentir a mudança no ar, de ouvir discos milagrosos, com músicas tão novas, tão diferentes, que nunca ninguém tinha ouvido antes (era difícil arranjar aqueles discos, só os tinha quem conhecia alguém no estrangeiro). Consigo imaginar aquele tempo porque li sobre o assunto, testemunhos de artistas daquela época: havia uma energia formidável, uma esperança real de que o futuro iria ser diferente, melhor.
Gostava de ter ido àqueles festivais gigantescos, dormir debaixo do céu e ouvir música de manhã à noite, vestir calças largas com florzinhas, blusas leves, lenços coloridos, o cabelo muito comprido, em tranças, flores no cabelo… Gostava de ter tido um guru porque era assim que estava na moda, a sonhar com a Índia e com Nirvana, a prometer a mim própria que nunca iria ser uma burguesa, não iria ser como a geração dos meus pais.
Eram tempos difíceis de certeza, mas havia entusiasmo e poesia.
Talvez esteja enganada, mas deixem-me pensar que foi assim… Não me tirem as “florzinhas” da cabeça.
Enquanto ouvia Led Zeppelin, Janis Joplin, The Who e outros, lembrei-me de usar um material natural para fazer un anel: madeira. Madeira quente e levezinha, a cheirar a floresta e a ar puro. Vou pensar a sério em usar mais a madeira, por ser um material muito simpático. Vamos ver…
problema de expressão
O dia todo ouvi na cabeça essa canção… Das músicas portuguesas modernas, é talvez a minha favorita. Houve uma altura em que a ouvia, no computador, dezenas de vezes por dia, sem me fartar.
Agora estou a tantar perceber a razão pela qual o meu subconsciente me “impinge”, hoje, esta música. Terá a ver com a facto de eu ter lutado muito tempo contra a dificuldade de me expressar em público? É preciso saberem que, para começar a escrever neste blogue, tive que partir o gelo, e de que maneira…
Portanto, tudo isso, para mim não é só uma maneira de mostrar ao mundo aquilo que faço, é também um exercício de expressão.
verde
Ainda inspirada pela viagem à Irlanda, pelas paisagens de lá, decidi dar mais atenção à cor verde: escuro ou verde maçã, verde psiquedélico, verde-esmeralda ou só verde-verde, esta cor é maravilhosa.
Para as mulheres que se preocupam com o bem-estar do planeta, que gostam da natureza, das maçãs, do Sporting ou do vinho verde: os meus anéis verdes!
e ainda…
PS: há mais “verduras” na galeria foto…
Cor e Amor - Bijutaria artesanal 