O Natal é para mim a altura de pensar na família, de repensar as questões religiosas, de ficar nostálgica a lembrar-me dos Natais da infância, com neve, pinheiros, chocolate, bolos da minha falecida avó, com prendas poucas mas, por isso mesmo, valiosas.
Sinceramente, de momento o Natal já não me diz grande coisa. Não aqui, não agora. Ainda por cima, estou contra o consumismo natalício.
– Dar 10 dicas do que gosto de receber de prenda
Eu vou dá-las, mas não sei se o Pai Natal vai ligar… Enfim: gosto de receber viagens 🙂 livros coisinhas feitas à mão roupa jóias CDs DVDs velas beijinhos perfumes mas se não houver nada disso, não fico chateada. Como estava a dizer, estou contra o consumismo 🙂
– Dar 10 dicas do que não gosto de receber de prenda
Não sei… Normalmente não gosto de receber coisas que mostram o facto de que a pessoa que oferece não liga nada à minha personalidade, aos meus gostos, portanto não aprecio prendas que mostram que aquele que oferece não presta atenção.
– Repassar o desafio a 10 amigos
Sinceramente, esta foi a parte mais difícil. Ainda não tenho 10 blogues-amigos, ou seja há alguns blogues que leio frequentemente e de que gosto, mas não são todos de língua portuguesa. Sou membro da “blogosfera” há muito pouco tempo. No próximo Natal, terei muitos amigos para lhes passar desafios 🙂
Um dia cheio, em Bucareste, com amigos. Cidade em que passei alguns dos melhores anos da minha vida, em que aprendi a ser livre e a pensar com a minha cabeça, a amar a vida e a desenrascar-me sozinha.
Há muito tempo não corria as livrarias à vontade, a parar naquelas que têm sofás lá dentro, e chá aromático, e baús em que as pessoas podem sentar-se, com um livro na mão, envoltas pela música suave a condizer com o ambiente.
Passear sem finalidade, comer pizza no Café dos Actores, por trás do Teatro Nacional, um sítio com aspecto boémio e hospitaleiro, espreitar as montras iluminadas, debaixo duma chuva fria de Novembro, tudo isso à espera das 19 horas, quando iriamos ver uma peça de teatro.
Assisti, depois de muito tempo, à caída de neve. Parecia um conto de fadas que durou alguns minutos. Senti-me criança novamente, a tentar apanhar os flocos frágeis. Que saudades…
Depois do teatro, foi tão bom ir para uma casa bem aquecida e contar histórias, com uma caneca de chá à frente!
Sem dúvida, o Outono frio tem as suas delícias, e gostei de as reencontrar.
O encarnado e o azul amaram-se e não conseguiram separarem-se. Do amor deles resultou o roxo, híbrido tão querido por muitas mulheres, a mostrar personalidades fortes ou a tendência para sonhar…
Conheço pelo menos duas mulheres que adoram pura e simplesmente esta cor, que já faz parte da imagem delas, faz parte delas… Interessante, ainda não conheci ninguém obcecado com a cor amarela ou castanha…
Para mim, o roxo é uma cor intensa, que tem muito para dizer, é chique e nunca passa despercebida.
Roxo: o calor do encarnado e o ar sonhador do azul – 2 em 1.
Finalmente, reecontrei a minha mesa de trabalho, as minhas ferramentas, a massa de modelar, o arame, as pedrinhas que comprei porque me diziam qualquer coisa, as tintas. Já posso dar forma às ideias que tenho tido durante as férias. Estou ansiosa de vos mostrar o meu primeiro trabalho pós-férias.
Um anel para mulheres que se sentem preciosas, um pouco rainhas, um pouco princesas… O “diamante” pode ser falso, mas não custa nada sonhar por uns momentos…
O primeiro nome que me veio à cabeça para baptizar este anel foi “Lucy in the Sky with Diamonds”, não é estranho?
Ainda cheia de imagens e sons da Roménia, voltei na noite passada para Portugal. Agora, só me falta rever as fotos, tirar conclusões, passar em revista tudo o que vi e fiz, organizar a “reserva” de lembranças da minha terra, medir as energias positivas que trouxe comigo.
Recarreguei as baterias. Relembrei-me quem sou e como sou, com quem sou parecida, de que gosto e porquê. Desta vez, carreguei mesmo as baterias…
No caminho, durante o voo, li desesperadamente um livro cuja acção, por acaso, se passa em Bucareste, nas ruas em que passeei, nostálgica, ontem. Pela primeira vez, a viagem não foi uma tortura, mas sim um intervalo agradável, a fazer uma das coisas de que gosto imenso e que ultimamente tenho abandonado um pouco: a leitura.
Bucareste, nos livros, tem o mesmo charme como na realidade.
Uma das razões que me trouxeram à Roménia em Novembro foi a inauguração da primeira exposição de bijutaria da minha amiga Lola, uma artista romena que vive em Portugal, da qual já vos tinha falado. Foi uma experiência muito interessante, foi um sucesso. Quando chegar a Portugal vou mostrar-vos fotos deste evento e não só, pois a estadia aqui, na Roménia, foi enriquecedora para mim.
Para já quero deixar aqui só uma foto minha, a usar um colar feito por ela. Espero que gostem.
Ontem à noite morreu um amigo. Um cãozinho amoroso, que só tinha três patinhas e muita vontade de ultrapassar este pormenor, amigável e afectuoso. O cão mais doce que havia.
Luis foi adoptado e tinha sofrido muito na vida. É por isso talvez que era muito agradecido pelo amor que recebia na nossa casa. Era o mais popular entre os nossos cães todos por ser tão simpático e meigo, por ser “inválido” e feiinho.
Só havia uma coisa no “temperamento” do Luís que me irritava: o desejo de, às vezes, ir passear sozinho. Aconteceu algumas vezes apanhar o portão aberto e ir passear sozinho na rua. Apesar de ser tratado na nossa casa pelo menos como um príncipe, acho que a vida de vagabundo que tinha levado ainda fervia algures, no sangue dele. Portanto, enquanto o estávamos a procurar, desesperados, pelo bairro todo, o Luís estava na esplanada dum café, como um velhote que vai para lá ler o jornal e beber o cafezinho. Sempre que ia lá fazia novos amigos (talvez o objectivo dele fosse esse mesmo). Este hábito dele fazia toda gente rir…
Mas… vou voltar para casa na próxima segunda-feira e vou encontrar a casa mais vazia. Adeus, amigo! 😦
Pendente produzido aqui, no meio deste Outono. Estranho e atraente, não se parece com nada deste mundo. É por isso que vai ficar exposto aqui, para ser “julgado” por vocês, os meus melhores críticos.
Algumas das minhas “crianças” (leiam “anéis”) vão ficar aqui, a embelezar dedos femininos, de romenas. Hoje despedi-me de algumas das mais queridas. Surpreendi-me a querer afagá-las pela última vez antes de viajarem para casas estranhas 🙂 para as caixas ou gavetinhas de outras mulheres. Só faltava dar-lhes conselhos para se portarem bem lá fora, no mundo.
Não vejo o sol há uma semana. Nem sequer um raio, nem sequer uma promessa de sol. Só o chumbo das nuvens, só o vento frio a lembrar-me que não devia andar cá vestida como se estivesse em Portugal, no Algarve.
Soa deprimente, mas a verdade é que começo a habituar-me com este tempo. É normal aqui, neste mês. É o prelúdio do Inverno. A parte boa é que posso apreciar as cores do outono, centenas de variações de amarelo, vermelho-ferrugem, castanho, cor-de-laranja… As árvores a morrerem – e eu a gozar a morte delas!
PS: ainda por cima, com este tempo, nem dá para tirar fotos em condições com as minhas novas crições (poucas, para já, porque não trouxe o material todo comigo…) mas prometo aguardar os primeiros raios de sol e aproveitá-los para finalidades “artísticas” 🙂
Cor e Amor - Bijutaria artesanal 